segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ano Novo... Ortografia Nova

É... 2008 chega ao fim e abre as portas para o Ano Novo.
E junto com 2009, vêm também as mudanças na ortografia da língua portuguesa.
Mas, não pense você que apenas o Brasil vai reformular sua ortografia.
A partir de Janeiro de 2009, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste terão a ortografia unificada.
O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

O que muda na ortografia em 2009:

- As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".

- Mudam-se as normas para o uso do hífen

- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".

- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".

- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y".

- O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.

- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo.

- Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido".

- Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Curiosidade

Uma das mais famosas erupções vulcânicas da história da humanidade ocorreu na manhã de 24 de agosto de 79 d.c., no sul da Itália. Nesse dia, o vulcão Vesúvio entrou em atividade depois de uma violenta explosão, lançando uma imensa quantidade de poeira, cinza e pequenos pedaços de rochas que chegaram a alcançar mais de 20 quilômetros de altura e caíram num raio de 15 quilômetros.
Como não houve derramamento de lava nesse momento, a grande maioria dos 16 mil moradores da cidade refugiou-se no interior das casas. Porém, a quantidade de materiais expelidos pelo vulcão foi tão grande que, em poucas horas, a cidade já estava totalmente coberta pelas cinzas, impedindo a fuga dos moradores. Muitos acabaram morrendo intoxicados pelos gases exalados após a erupção e também soterrados.
Na manhã do dia 25, o Vesúvio continuou em erupção derramando uma grande quantidade de lava que cobriu definitivamente, a cidade de Pompéia, um dos mais importantes centros urbanos da região naquela época.
Durante quase 1700 anos, a cidade permaneceu soterrada e esquecida. Em 1748, quando alguns operários realizavam escavações no local, Pompéia foi redescoberta.
Desde então, os trabalhos de escavação já desenterraram mais de metade das ruínas da cidade.
Essa erupção do Vesúvio, transformou drasticamente a paisagem do lugar.
No entanto, o mesmo fenômeno que encobriu Pompéia acabou por conservar, soterrada com a cidade, grande parte das construções, móveis,, utensílios e obras de arte que puderam revelar, para a posteridade, aspectos da cultura dos romanos que viviam naquela época.
Desse modo a ocorrência de um fenômeno natural, que ocasionou grandes alterações na paisagem, acabou conservando nas ruínas de Pompéia uma parte da história da humanidade.


Afresco que mostra o estilo da sala de jantar de uma residência em Pompéia. Nesta imagem, vê-se o dono da casa servindo um banquete a seus convidados,que são atendidos por jovens escravos


Lugar público utilizado por moradores de Pompéia para tomar banho


Cidade descoberta após escavações. Ao fundo, o vulcão Vesúvio


Corpos petrificados das vítimas que tentaram se refugiar no interior das casas.

Fonte: Livro Construindo Consciências Geografia. Autores: Valquíria Pires ed Beluce Belucci. Editora Scipione.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então é Natal....

Aproveito a clássica canção para desejar a todos um Natal de muitas alegrias, paz e saúde.
Que 2009 venha cheio de coisas boas e com grandes conquistas.
Obrigada pelas visitas. E apareçam sempre, ok?! ;)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Reflexão Espetacular

Em tempos de espetacularização da notícia, celebridades relâmpago que surgem e desaparecem na velocidade da luz e foco em futilidades em detrimento de conhecimento realmente útil para a população, recomendo a leitura de um livro em especial: A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord. Publicada pela primeira vez em 1967, a obra, que apesar das inúmeras edições não sofreu nenhuma alteração, se enquadra perfeitamente no que se vive nos dias de hoje. Logo no início do prólogo para a terceira edição o Debord fala:
“A presente edição, ela também, permaneceu rigorosamente idêntica à de 1967. A presente edição, ela também, permaneceu rigorosamente idêntica à de 1967. A mesma regra norteará aliás, muito naturalmente, a reedição de todos os meus livros na Gallimard. Não sou destes que se corrigem”.
O motivo para tal afirmação, o autor explica no parágrafo seguinte:
“Uma teoria crítica como esta não tem que ser mudada; não enquanto não tiverem sido destruídas as condições gerais do longo período da história de que esta teoria terá sido a primeira a definir com exatidão. A continuação do desenvolvimento do período não fez senão confirmar e ilustrar a teoria do espetáculo cuja exposição, aqui reiterada, pode também ser considerada como histórica em uma acepção menos elevada”...
E ao final do prólogo, Debord avisa:
“É preciso ler este livro considerando que ele foi deliberadamente escrito na intenção de se opor à sociedade espetacular. Nunca é demais dizê-lo”.
Como se pode perceber, o conteúdo do livro é denso. É o tipo de leitura que desperta uma reflexão a cada parágrafo lido. E, confesso, enquanto lia, me perguntava se aquele livro havia mesmo sido escrito em 1967, tamanha a aplicabilidade das idéias e teorias aos dias atuais. Minhas impressões mais profundas a respeito da obra, prefiro reservá-las. Não por descaso, mas porque creio que este é o tipo de livro que deve ser lido sem comentários prévios. Para que, ao final, o leitor tire ele mesmo as suas próprias conclusões. Aos que se interessarem, o livro está disponível de forma gratuita em:

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/socespetaculo.html

Caso não apareça como link, copie e cole a linha acima em seu navegador.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Final de Ano... Reflita...

Natal chegando... Ano Novo também... Hora de iniciar as compras? Bom, o economista Reinaldo Cafeo, tem uma sugestão bem mais interessante e creio que quem segui-la sai no lucro. Abaixo, o texto.

"Pense bem: em uma corrida você ultrapassa o segundo colocado, em que posição você fica?

Espero sua resposta até o final deste artigo.

Na prática inúmeras vezes somos precipitados. No afã de fazer as coisas nos atropelamos.

Na gestão empresarial isso é demonstrado diariamente. O cérebro que deveria comandar a empresa abre espaço para as pernas, que teimam em nos levar para onde querem.

Somos tragados pela mídia, pelo consumismo, pelos programas de TV, pelos modismos, pelo status dos vizinhos, pela gastança.

Nos falta um crivo que nos permita filtrar as coisas. É a velha história de mastigar antes de engolir. Invertemos a seqüência das coisas e depois choramos "o leite derramado".

O final de ano se aproxima e normalmente paramos para refletir. Fazemos inúmeras promessas e estabelecemos novas metas. Utilize esse tempo. Veja o que é positivo e está lhe agregando valor e valorize. O resto, que lhe incomoda, descarte.

Isso vale para família, emprego, política e economia.

O pensar antes de responder, ouvir mais do que falar exigem disciplina e essas coisas devem ser praticadas, sempre!

Quanto à pergunta inicial, errou quem disse que fica em primeiro lugar, afinal, se ultrapassar o segundo colocado, ficará no lugar dele, em segundo.

Quem acertou já está exercitando o pensar antes, quem errou vale a atenção".

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ostra Feliz não Faz Pérola

Hoje, vou deixar-lhes com uma reflexão de um escritor o qual admiro muito: Rubem Alves. Para quem ainda não o conhece, recomendo "Mansamente Pastam as Ovelhas". Um livro repleto de mensagens que fazem realmente PENSAR na vida. Abaixo, um dos textos do livro citado.. O título, é o mesmo desta postagem: OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA

“Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos – seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostra felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostra felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...” Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras de repente seus dentes bateram numa objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...” Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma.

Um pouco mais de Rubem Alves em: http://www.rubemalves.com.br
Vale a pena.