terça-feira, 16 de setembro de 2014

Attraversiamo: Um Pouco Mais Sobre as Travessias

"O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia"

A frase de Guimarães Rosa é para lembrar o post sobre a vida e suas travessias e, claro, retomar o assunto conforme foi prometido. Essa travessia cheia de vida, com seus altos e baixos existe para mostrar a efemeridade das coisas, de nós mesmos. Vivemos intensamente emoções. Quantas vezes achamos que a dor não iria passar, e passou? Na empolgação da alegria nos esquecemos que ela também não é eterna.
Viver plena e conscientemente cada instante que a vida nos proporciona é que dá sentido a ela. É o se conhecer para evoluir. Avançar, abrir caminhos e atravessar a fase na qual se está. Termina um período, outro tem início. Todo novo começo vem do fim de um outro começo. As travessias são importantes para o crescimento. E não foi só Guimarães Rosa quem destacou isso não.
A escritora norte americana Elizabeth Gilbert falou sobre o mesmo assunto em uma de suas mais conhecidas obras: "Comer, Rezar e Amar". O termo usado é um verbo em italiano: "attraversiamo" , que significa vamos atravessar. Assim mesmo, conjugado na primeira pessoa do plural. Porque todos nós fazemos nossas travessias. Algumas vezes juntos, dividindo sentimentos e sensações. Outras, acompanhados de nós mesmos, numa jornada que precisa ser vencida pelo "eu".

Liz Gilbert, em suas andanças na busca por ela mesma, pela pessoa que se perdeu em meio a expectativas e rotinas alheias à sua, descobre o mundo e se encontra. Conhece o verbo "attraversiamo" em sua passagem pela Itália. Em seguida, descobre que cada um deve ter uma palavra para se identificar com a vida. Ao se autodescobrir volta ao "attraversiamo", sua palavra de vida. Ela atravessou o mundo em busca do encantamento que tinha perdido. Encontrou e renasceu.
Claro que não é preciso darmos a volta ao mundo para fazermos nossas travessias. Basta nos libertarmos do que nos prende. Conceitos, opiniões... O que vem dos outros, aos outros pertence. Cada um sabe de si, de sua travessia. Que façamos com que ela seja suave. Que tenhamos força para suavizar as intempéries. Que sejamos nós em nós mesmos, muito além das expectativas e projeções que nos lançam. Que possamos viver nossa real travessia.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Quem já ouviu Semisonic?

Hoje, o papo é sobre música. O Atemporal viajou no tempo e apresenta a você um pouco do rock alternativo do Semisonic. O grupo criado em 1995 - em Minneapolis no estado de Minnesota, nos Estados Unidos - surgiu depois que a Trip Shakespeare se desfez. Os integrantes, Dan Wilson (Guitarra/Vocal), John Munson (Baixo) se uniram ao guitarrista Jacob Slichter e formaram uma nova banda.
Neste mesmo ano foi lançado o primeiro trabalho, " Pleasure", um EP (sigla em inglês de Extended Play, um cd com número menor de músicas). Em 1996, veio o álbum completo, "Great Divide".
Você com certeza deve ter ouvido alguma música desses caras. O som é bem marcante. Um rock meio Indie... Som alternativo bem elaborado. Uma das canções mais conhecidas é de 1998, "Closing Time". Foi inclusive trilha sonora de filmes recentes.



Uma outra canção que fez bastante sucesso foi "Secret Smile". Em 1999, foi uma das mais tocadas nas rádios do Reino Unido.



"All About Chemistry", que traz uma música com o mesmo título é um cd de 2001.



Em 2002, veio "One Night at First Avenue". Um álbum gravado ao vivo na cidade onde o grupo nasceu. Esta foi a última gravação do Semisonic até o momento.

Foram sete anos juntos. Hoje, integrantes do Semisonic fazem trabalhos solo. Volta e meia realizam alguns shows como nos velhos tempos. Em entrevista à revista Rolling Stone no ano passado,  Dan Wilson - que atualmente faz apresentações sozinho - disse que a banda "não é uma porta fechada". Pensa até que um novo álbum com o grupo seria interessante.
Vamos aguardar então. Porque a boa música não pode parar.