domingo, 8 de maio de 2011

Para uma mãe em especial

Bom, hoje, Dia das Mães, vou falar sobre uma mãe em especial: minha avó materna. Há menos de um mês ela nos deixou, mas as lições de vida semeadas enquanto estava entre nós permanecem vivas. Este foi o primeiro dia das mães sem sua presença. Deu um vazio... Foi estranho ir à Brasília de Minas e não ir à casa dela. Deu saudade do rostinho feliz ao me ver chegar pra visitar, o abraço...
Minha avó, Dindinha como era chamada, foi um exemplo de força, determinação, bom caráter e doçura. Sempre exigiu dos filhos conduta exemplar. Era rigorosa com a disciplina e ao mesmo amável. Amou e educou a todos da mesma forma, os preparou para o mundo, formou uma família unida. União fácil perceber inclusive agora.
Como avó, que dizem que é mãe duas vezes, foi a melhor avó do mundo. Também nos cobrava respeito, fazia questão de reforçar a importância da mãe em nossas vidas. Falava o quanto devemos amar quem nos deu a vida. Talvez, preocupação de mãe com a felicidade e tranquilidade dos filhos, uma forma de compartilhar a responsabilidade pela educação dos netos. Ela também brincava com a gente, fazia questão de contar como foi a infância dela, mostrava pra gente as brincadeiras da época. E olhe, isso me ensinou a usar a imaginação, não ser dependente da indústria dos brinquedos. Aprendi a valorizar mais o "SER", porque o "TER" não paga nem vale tanto quanto um sentimento sincero.
Uma das lembranças que tenho de minha infância eram os dias em que ela vinha da fazenda (quando mais nova ela morava na fazenda onde viveu com meu avô) e ficava lá em casa. Todos os dias de manhãzinha - ela sempre acordou cedo - assim que o sol saía ela ia para o quintal e sentava para "esquentar o sol", como dizia. Eu ia junto, amava ficar ao lado dela ouvindo histórias...
Outro fato que me marca eram os dias em que eu a acompanhava até a missa. O sorriso no rosto dela, toda orgulhosa falando pras amigas da igreja: "Ela é minha neta"! O tempo passou... Ela foi se tornando cada vez mais frágil. Teve Alzheimer, mas nunca esqueceu o nome de nenhum dos filhos. Sempre se lembrou das datas de aniversário de todos, inclusive do meu. Tão pequeninha, aparentemente frágil, mas com um coraçãozinho enorme, sempre preocupada com todos ao seu redor.Queria ver todos felizes, que todos nós fôssemos felizes.A saudade ainda dói, mas é compensada pelos exemplos que deixou, pela certeza de que tivemos ao nosso lado uma pessoa mais do que especial. Uma mãe exemplar, que criou filhas maravilhosas, que se tornaram mães incríveis. Graças a ela digo hoje que tenho a melhor mãe do mundo!

Nenhum comentário: